Cada Família Religiosa tem um “DOM” a oferecer no seio da Santa Igreja. Este “DOM”, (do grego “KARES”), é a dimensão que cada Fundador põe em relevo de Cristo nos Evangelhos e a aplica a serviço do Reino de Deus. É precisamente o “Carisma” que distingue uma Congregação de outra e, ao mesmo tempo, seguindo a moção do Espírito Santo, colabore com ele à Igreja, para que seja em todos os sentidos o “Sacramento Universal da Salvação” e atenda a todas as necessidades de seus filhos. Olhando nossos carismas, devemos, portanto, ver a nossa identidade de “Oblatos” e é preciso estar atentos à inspiração original e aos apelos do nosso tempo, para perseverarmos na fidelidade criativa e dinâmica, dentro de nosso “lugar” na Igreja.

 

 

 

 

TODO CARISMA TEM DIAS DIMENSÕES: O QUE SOMOS E O QUE FAZEMOS

 

Nosso primeiro carisma é a “OBLAÇÃO”, isto é, a oferta de nós mesmos a Cristo Sacerdote, pelos Seus Sacerdotes e Bispos. A expressão “OBLAÇÃO” sintetiza as duas dimensões (o que somos e o que fazemos): a mística que nos anima e a nossa ação evangelizadora. A “OBLAÇÃO” é o cerne de nossa espiritualidade. Somos “OBLATOS”. O nosso nome recorda as palavras do próprio Verbo, quando se fez carne: “Tu não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram do teu agrado. Por isso eu digo: Eis-me aqui – no rolo do livro está escrito a meu respeito – eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7-8). Esta expressão está em nossas Constituições. Faz de nossa obediência um ato de oblação, configura a nossa vida com a de Cristo Sacerdote, que Se oferece ao Pai em resgate por nossos pecados. Portanto, o Oblato de Cristo Sacerdote deve ser reconhecido por todos os seus gestos, que devem provir da união com a oblação de Cristo e que marcam todo o seu ser: disponibilidade, amor à presença de Jesus na Eucaristia, amor à Igreja onde Cristo Ressuscitado continua a Sua ação sacerdotal, oferecendo-se continuamente ao Pai, amor e dedicação total a Cristo em Seus Sacerdotes, vendo neles a Face do Senhor. Na V ESTAÇÃO da Via Sacra, composta por nosso Fundador, pedimos à Virgem Ssma. Das Vitórias: “... obtende-me a graça de ser um verdadeiro CIRENEU de Jesus Cristo Sacerdote, como humilde colaborador dos Bispos e Sacerdotes, na Obra da Redenção”.

 

Nestas palavras se acha a missão do Oblato de Cristo Sacerdote: CIRENEU dos Sacerdotes e Bispos.


Nossa “OBLAÇÃO” deve ir além de qualquer serviço prestado aos sacerdotes: deve ser a oferta de nós mesmos pela santificação do Clero. Devemos ser hóstias vivas pelos Sacerdotes!

 

Temos, depois a dimensão do que fazemos:

 

1) - assistir aos Sacerdotes e Bispos enfermos ou anciãos - este é o nosso “Carisma mais nobre”, que a Congregação vem exercendo desde a sua fundação. Não se trata apenas de cuidar dos Sacerdotes enfermos ou anciãos como “enfermeiros profissionais”. Devemos ver neles a Face Sacrossanta de Cristo Sacerdote.


2) - prestar auxílio Pastoral aos Senhores Bispos e Sacerdotes, onde formos solicitados, de preferência em paróquias de meios rurais e pobres. Ajudar na Catequese, Encontros, Movimentos de Igreja, Cursos, enfim, em todos os trabalhos pastorais;


3) - promover Missões Populares e, se necessário, trabalhar nas missões “ad gentes”;


4) - para o futuro, colaborar na formação dos Sacerdotes e na Espiritualidade do Clero.